segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Química no Cotidiano

A biofluorescência na vida marinha

Você já se perguntou por que algumas criaturas marinhas possuem a caraterística de brilhar?

A Química responde!!!

A resposta está na biofluorescência. A biofluorescência pode ser explicada através do processo químico que a produz, a bioluminescência. Funciona da seguinte maneira: o organismo absorve luz e a reflete, com uma cor diferente. Corais, águas-vivas, e outros animais com a propriedade, são conhecidos desde a década de 1960, mas este é o primeiro registro de peixes.

Na bioluminescência há uma transdução quimiofísica, ou seja, uma transformação de energia química em energia luminosa. O estudo bioquímico desse fenômeno revelou que é extremamente variável, dependendo em geral da ação de uma enzima, a luciferase, sobre um substrato, a luciferina. Ambas reagem entre si, com a oxidação de um substrato pelo oxigênio, liberando luz.

Este sistema foi bem estudado no crustáceo Cypridina e, tanto a luciferina como lucirerase, já foram isoladas e caracterizadas nesta espécie. Vários peixes têm um sistema parecido com a luciferina-luciferase dos crustáceos. Um caso análogo ocorre nos protozoários Noctiluca e Gonyaulax, responsáveis pela luminescência da água do mar quando esta é perturbada pela passagem de um peixe ou por agitação das ondas.


Nos insetos, como no caso do vagalume, além de luciferina e luciferase é necessária a presença de ATP, consumido durante a emissão de luz. É uma reação altamente específica para ATP, não ocorrendo com outros compostos fosforilados.

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